julho 10, 2011

letters to my self (parte VI)


Hoje, enviei-te a carta, ou melhor, o bilhete de despedida, tal como já deves saber por esta alturas, as palavras que nele constam são curtas e directas: «Meu amor, vou-me embora. Sei que tudo acabou por isso vou-me afastar o mais possível, de ti e de todos, vou recomeçar a minha vida. Se um dia quiseres saber de mim, não me procures. Daqui a uns anos eu posso voltar mas não me irei lembrar de ti, assim como tu não te irás lembrar de mim. Adeus, sê feliz, ainda te amo.». Agora sei que posso ir-me embora, não deixei nada por esclarecer, tirando as perguntas que ecoam na minha cabeça constantemente, mas essas vou enterrá-las nas profundezas da minha memória. Vou-me embora e sei que nunca irás atrás e, de qualquer forma, não sabes para onde vou. Ficará apenas a saudade da presença da pessoa a quem mais dei e, talvez, uma das que mais amei e amarei em toda a vida, ficará também, para sempre, um carinho enorme, aquele que sei que sempre sentirei por ti. Bem, não me vou alongar mais, vou-me embora e este caderno de folhas, já gastas, já presenciou demasiadas lágrimas, demasiada dor e, por isso, vou guardá-lo, simbolizando assim uma nova etapa de vida. Se um dia, por algum motivo, nos reencontrar-mos, segue o teu caminho, que eu tentarei seguir o meu, sem me perder nos encantos dos teus belos olhos verdes e do teu sorriso.
(inventado)

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