julho 07, 2011

letters to my self (parte IV)



Hoje, quando acordei, decidi que necessitava de seguir em frente, que não me podia prender mais a este amor cego que só me magoa e que não te aquece o coração, se as nossas vidas não se encontram mais ligadas significa que tu não quiseste mais, pois não disseste mais nada, acho que não és mais capaz de me amar. Mas, na verdade, o meu coração não é capaz de te deixar ir repentinamente, ele anseia por ti a cada virar de esquina, a cada pessoa que passa debaixo da minha varanda, a cada alma que vejo vaguear ao longe. O meu coração anseia, ainda, que lhe ligues, o abraces e o confortes, mas a minha cabeça, cansou-se de pensar em ti e decidiu que não o voltaria a fazer então, de cada vez que sinto um aperto no coração sei que é ele a chamar por ti. Mas, desta vez, ele já não consegue mais suportar a tua ausência e, conduzida, talvez por um impulso, decidir fazer as malas e partir em busca da minha felicidade. Vou para Paris, sabes que essa cidade sempre me despertou algum encanto. Quero tentar a minha vida lá, já tenho o meu curso de belas-artes e lá, talvez, tenha sorte, não só a nível profissional, mas a nível de relacionamentos também. Prometo, que um dia, te enviarei todas estas cartas que escrevo sem cessar, estas e muitas mais que ao longo dos tempos fui escrevendo e nunca tive coragem de tas entregar, deixarei um bilhete na porta de minha casa, caso alguém, espero que tu, me venha procurar, quando receberes as minhas cartas, talvez não tenhas como me contactar, mas sabes? Eu tentei estes meses todos e tu, talvez tentado esquecer, fingiste que não nos conhecia-mos. Tu, que sempre disseste que não conhecias a vida para além de nós, agora parece difícil de acreditar não é? 
(inventado)

P.s: Acho que vou começar um desafio, mas estou indecisa no das cartas ou no das fotografias

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