março 03, 2011

Livro Aberto

Capítulo III
As coisas estavam a mudar muito depressa. Estava a ganhar a minha independência, tinha ido fazer uma viagem para bem longe de casa, de um dia para o outro a minha amizade com o André, tornou-se algo muito mais estranho e não compreendia porque raio estava tudo a mudar a esta velocidade alucinante. Será que antes, tudo isto estaria a ter inicio ou foi apenas uma mudança "repentina"? Não podia dizer que não me agradava.
Na noite anterior, pouco após o nosso "pequeno-grande" momento tínhamos ido ter com a Daniela e o Mário e tinha-mo-los avisado de que íamos para o hotel...
Hoje acordei com ele a dar-me um beijo na testa ...
André: - Bom dia princesa!
Susana: - Bom dia... (Disse, ainda um pouco ensonada).
Ele trouxera-me o pequeno almoço a cama e eu pensara para comigo mesmo se tudo aquilo era um sonho, mas não era. Daniela e Mário ainda estavam a dormir e nós decidimos ir até a praia dar uma volta ...
Sentia-me tão bem com ele, como nunca tinha acontecido com mais ninguém. Talvez o facto de ser algo assim tão repentino, me fizesse amar cada momento com ele e começar a amá-lo realmente.
André: - Escuta ...
Susana: - Sim?
André: - A verdade é que eu já gostava de ti à algum tempo ...
Susana: - Vou-te ser sincera... Nunca nos imaginei assim. Mas a verdade é que gosto e gosto mesmo muito de estar contigo, de nós. Não sei, é um sentimento muito diferente e já estou na parte em que tenho medo de dar cada passo na tua direcção, porque ás vezes, quanto mais avançamos, mais longe estamos. Mas sabes? Sinto-me tentada a lutar por tudo.
Não esperei que ele respondesse e beijei-o. Beijei-o até que ambos perdesse mos o folgo. 
Ele segurou-me o rosto com as mãos e disse-me: - Ouve, eu nunca te vou deixar, aconteça o que acontecer estarei sempre aqui.
Era tudo tão perfeito. Ele levou-me pela mão, percorremos a praia juntos e, ele, alugou uma canoa e levou-me, mar adentro, a passear, horas e horas a fio, eu sentia-me num sonho. Era lindo, ver o pôr-do-sol rodeados apenas de mar. Mas começava a escurecer e ele trouxe-nos para terra. Voltamos e encontramos com Mário e Daniela à entrada do Hotel. Eles perguntara-nos onde estivera-mos que desaparecera-mos o dia todo. Nós apenas olhamos, um para o outro, com um olhar de cumplicidade, sem dizer-mos nada e apenas sorrimos. Eu tinha um enorme sentimento de felicidade, agora sim, sentia que nunca mais estaria sozinha.

(inventado - dedicado a MQ)

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