julho 13, 2012

cigarros e amor francês #2



Todos as manhãs era a mesma coisa, Inês acordava e dirigia-se à pequena varanda do seu quarto, acendia um cigarro e ficava observando o rapaz da casa da frente. Todas aquelas casas de tijolo eram maravilhosas, assim como a vista que, da sua varanda, lhe permitia observar tenuemente a Torre Eiffel. Ouvia a voz do vento sussurrar-lhe o bom dia enquanto fingia observar a rua, os raios de sol iluminavam-lhe os cabelos louros e os seus olhos castanhos cor de avelã apenas se conseguiam focar naquele rapaz. Ouvira no outro dia sua mãe chamá-lo, seu nome era Martim. Lamentava nunca se cruzar com ele, por acaso - ou talvez não - ao cruzar a esquina junto de suas casas, sonhava um dia sentar-se no seu balouço e partilhar com ele o seu ultimo cigarro. Dizem que Paris é a cidade do amor, na qual fragrâncias de diversos perfumes de rosas se conseguem notar na brisa matinal e, talvez, ela começasse a acreditar que, realmente, as ruas parisienses tivessem algo de mágico.

3 comentários: