julho 04, 2011

letters to my self (parte I)

Hoje, quando acordei lembrei-me de ti. Recordei a lembrança de cada momento e lembrei-me de como a luz das estrelas e do luar insidiam sobre a tua face perfeita, de como os raios solares faziam reluzir o tom da tua pele e a cor dos teus cabelos. Mas depois, como que por acaso, acordei para a realidade, vi que as lágrimas escorriam a passos largos pela minha face ruborizada e, assolada pela raiva por escassos segundos, levantei-me da cama, dirigi-me à parede junto ao meu armário, arranquei a moldura com a nossa fotografia e mandei-a de encontro ao chão frio; o seu vidro partiu-se em mil pedaços, tal como o meu coração quando me abandonas-te e a madeira apenas se separou em quatro grandes bocados, deixando a fotografia caída no chão. Debrucei-me e agarrei nela, rasgando-a em 3 grandes tiras e coloquei-as no caixote do lixo. Agora, acho, que talvez acabe por me arrepender, mas como se costuma dizer "o que está feito, feito está", seja como for, já está. Guardei tudo o resto dentro de uma caixa, a qual tranquei com um cadeado, colocando-a no fundo do armário e pedindo à minha irmã para esconder a chave, no meu quarto, mas escondida. Acho que nunca terei vontade de a procurar e assim, estaria a encerrar parte do assunto, pensava eu.
(inventado)

4 comentários: