março 11, 2011

(Ir)remediável (parte I)



[Casa da Margarida, dias 1 e 2]
Mensagem recebida: Desculpa, acabou. Mandei mensagem porque não aguentava dizer-te isto pessoalmente. John


Não percebia nada, o porquê de tudo, nada. Fiquei estática a olhar para o telemóvel admirada com a cobardia dele e as lágrimas começaram a escorrer. Maior que a dor que sentia era a revolta que tinha, que cobarde, acabar comigo por mensagem? Ai que ódio, que estúpido, que estúpido, que estúpido. Todos esses sentimentos me consumiam cada vez mais. Fechei-me no quarto e teimei em não sair. Deitada na cama olhava para o telemóvel e não me ocorria nada para dizer ou fazer, só me vinham à cabeça palavras de ódio. Porque me magoava ele assim? Porque era tão cobarde? Como tinha ele, num acto de cobardia, desfeito todo o meu mundo em pedaços? Toda aquela raiva fez com que eu acabasse por adormecer sob as lágrimas.
Acordei, às 10:00h da manhã seguinte, tinha dormido cerca de 16horas .. Primeiro pensei, rezei, para que fosse tudo um sonho, um pesadelo mas, no fundo, sabia que era bem real. Ainda não sabia o porquê e, deixando-me afundar na cama, resolvi mandar-lhe uma mensagem ..


[Casa do John, dia 2]
Ainda não acreditava porque é que tinha feito isto, porque lhe tinha mandado a mensagem, mas, estava feito. Que me teria passado pela cabeça para ser tão cobarde, para não ir ter com ela e deixá-la, assim?


Mensagem recebida: Tenho estado este tempo todo a tentar perceber que te dizer, que fazer e, ainda mais importante, que terá levado a tudo isto. Mas não consigo. Por outro lado, acho que nada mais me interessa. Acabou? Então que seja, acabas-te tudo da maneira mais cobarde que poderias ter feito, mas, acredita, que vou seguir a tua vontade. Não queres mais? Então não vais ter. Sê feliz. Segue a tua vida. Adeus. Margarida.


Não acreditava que ela tinha reagido forma, seria possível ela não me amar? Não sabia porque tinha acabado com ela, mas era justo, era justo o que ela tinha dito, não podia esperar mais nada, não podia? Não devia, porque poder .. Poder podia, ou melhor, até esperava ..




[Casa da Margarida, dia 2]
Teria sido demasiado fria? Que pensaria ele? Que não o amava? Que não o tinha amado? Ameio e amo-o acima de tudo, por isso é que tinha sido tão fria na mensagem, de modo a parecer distante de tudo. Eu não podia fazer nada, ele tinha feito a escolha dele .. Mas não conseguia imaginar como ia seguir, SEM ELE. Não podia, não era capaz, NÃO QUERIA.
Olhei para a secretária e vi a nossa fotografia, agarrei na moldura e mandei-a ao chão, o vidro partiu-se em mil pedaços e quando os apanhava para os deitar no lixo o que me passou na cabeça foi "Será que se me abrissem o meu coração estará assim? É como o sinto". Depois olhei para a fotografia e, com as lágrimas a cair, rasguei-a.




[inventado]

12 comentários:

  1. a minha net ontem foi abaixo e eu não tinha bateria no pc, desculpa :c
    amo-te

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  2. É sempre triste perder alguém, ainda por cima alguém que é a pessoa que mais amamos e que não conseguimos viver sem ela.
    Muita força querida :)
    Estou a seguir *

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  3. Pois é, nem tinha reparado, desculpa :o
    obrigada queridaa :)

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  4. obrigada minha querida !
    gostei muito <3

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  5. Não tens de quê, obrigada por também seguires o meu querida *

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  6. Eu amo esta história, está mesmo fantástica *-*

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