Finalmente era de manhã. Levantei-me a correr, até porque nem sequer tinha conseguido dormir, quase. Nem fazia ideia de quando tinha sido a última vez que, não conseguia dormir, de tanto estar ansiosa ..
Vesti-me muito depressa e dirigi-me a cozinha, comecei a preparar o pequeno almoço e, tocaram a campainha, deixei tudo o que estava a fazer, larguei tudo o que tinha na mão e dirigi-me o mais rapidamente possível a porta. Esperava que tivesse demorado pouco tempo e que, a outra pessoa, fosse ela quem fosse, não tivesse tido tempo de "desaparecer" mas, pelos visto, teve.
Olhei para baixo e lá se encontrava o pequeno envelope, que dizia "Carta 2". Abri-o muito depressa e lá dentro encontrava-se uma fotografia de Paris e no verso dizia "Sei o quanto gostavas, um dia levo-te lá!"
Cada vez percebia menos de tudo isto. Quem seria ele? Será que estaria a gozar comigo? Porque tudo me parecia tão familiar? Não tinha respostas para esta pergunta, mas tudo o que tinha de familiar tudo o que me parecia maravilhoso me deixava, cada vez, mais ansiosa. O meu coração batia forte ao tentar imaginar quem seria ..
Esperei pela chamada, como da outra vez aconteceu e nada .. Esperei, esperei, esperei. Mas aquela voz, tão familiar e brincalhona, não me tinha ligado. Não sabia porquê mas sentia um aperto no coração, como se tivesse um namorado e tivesse-mos acabado. Não percebia o porquê desse sentimento e da insegurança que ele me dava. Não me apeteceu sair, deixei-me ficar em casa, no sofá a ver televisão até que, entretanto, adormeci. Acordei horas depois e, olhei para o telemóvel, tinha uma chamada não atendida de um número não identificado, assim como uma mensagem.
Esta dizia «Como não atendes-te apenas te digo: espera pela próxima. Fica bem mon amour!».
(inventado)
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