- Desculpa-me. Mais uma vez desculpa-me.
- Porquê?
- Por te amar tanto. Eu sei que não devo, chego a desesperar por gostar tanto de ti, chego a dizer a mim própria 'para, não o sintas', mas não consigo, és único, especial, NUNCA serás indiferente. Eu amo-te, amo-te, amo-te, desculpa.
- Tu és a melhor pessoa do mundo, mas ..
- Mas não gosto de ti, és a minha melhor amiga, eu gosto de outra pessoa. Força, di-lo, sei que o queres fazer.
- Não, eu não me permito a mim gostar de ti, não te quero vir a magoar.
- Isso é ridículo, não és tu quem decides de quem gostas ou não.
- Pois não, não sou, mas sou capaz de escolher o que vou fazer com o que sinto.
- E o que sentes?
- Eu? Sinto que te quero, que preciso de ti, mas não te posso ter, não posso, não posso. Afinal quem tem tem de pedir desculpa sou eu.
- Tu?
- Sim, eu, não por não te amar, mas por não poder estar contigo por te ir fazer sofrer um dia. Tu és a melhor pessoa do mundo, não deixes que te desvalorizem, que te digam o contrário, que te critiquem, que te mandem abaixo, porque tu nunca serás como eles dizem.
- Não? Não estou tão certa disso, se gostas de mim e não queres nada é porque isso que dizes não é bem assim, dizes que não me queres fazer sofrer, mas deve ser algo mais.
- Não, é verdade. Tu não mereces qualquer mal que eu te faça, ou qualquer lágrima que possas vir a chorar por mim, ou por outra pessoa qualquer. E olha, se algo acontecer quero que te lembres de uma coisa.
- Do quê?
- Se alguma coisa acontecer e achares que não és ninguém no mundo, lembra-te que podes ser o mundo de alguém.